domingo, 22 de abril de 2012

Secretária Munic de Edu - Rio é contra cotas para afrodescendentes

Fórum da Liberdade: 'vestibular é responsável pela crise da educação'

17 de abril de 2012
 
Durante sua passagem pela 25ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, a secretária municipal do Rio de Janeiro, Claudia Costin, afirmou que o vestibular é um dos principais responsáveis pela crise do ensino médio do Brasil. Ela participou, na noite desta terça-feira, do painel "Educação: Obedecer, Pensar ou Criar?", realizado no último dia do evento que promove debates liberalistas.

"O vestibular é um dos principais responsáveis pela crise do ensino médio no País. Transformou o conhecimento em uma coisa enciclopédica, que julga pela capacidade de decorar e não pela compreensão. De que adianta saber qual a capital da Zâmbia, se ao ler algo o aluno não entende o que está escrito", afirmou Claudia ao responder uma pergunta sobre o tema. 

Segundo ela, apesar dos problemas que tem enfrentado, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser um ponto de partida, "talvez mais bem pensado, segmentado para cada área, seria uma grande ideia", afirmou.

Ao responder outra pergunta sobre cotas para a população negra em universidades públicas, ela se disse contra a medida, mas ponderou que os EUA também as adotaram. "Os EUA têm cotas, mas como não é vestibular, é dentro das universidades, tentam equilibrar rapazes, moças e diferentes etnias nas instituições públicas e privadas".

A secretária sugeriu que o sistema de cotas fosse aplicado por um período de cinco anos e para alunos oriundos do ensino público, "enquanto se faz um trabalho de melhoria das escolas públicas". "Mas cotas raciais não fazem nenhum sentido entre a nossa população que, graças a Deus, é muito misturada", finalizou. (sic, sic, sic)


Fonte: Terra Notícias

  
Secretária do Rio diz que foi mal interpretada e defende cotas
 

25 de abril de 2012

A secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, disse nesta quarta-feira que é a favor das cotas raciais para entrada nas universidades públicas brasileiras. A constitucionalidade da medida será julgada nesta tarde pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Costin afirmou que suas recentes declarações sobre o assunto foram mal interpretadas durante o 25º Fórum da Liberdade em Porto Alegre (RS), quando afirmou, na semana passada, que "cotas raciais não fazem nenhum sentido entre a nossa população que, graças a Deus, é muito misturada". Hoje, ela disse que as cotas devem prevalecer até que "o ensino público permita de fato igualdade de acesso" às universidades.

"Tenho uma opinião muito firme em defesa das cotas", afirmou Costin. "Defendo, inclusive, cotas para alunos de escolas públicas", reforçou a secretária, após encontro com o presidente no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, no Rio.

Durante encontro com o presidente do Inep, a secretária também voltou a defender avaliações de desempenho como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Segundo ela, a prova serve para subsidiar mudanças nas políticas públicas, mas pode ter o método de aplicação aprimorado.

"Focar as críticas nos vazamentos (das provas) é perder de dimensão os avanços", afirmou, em relação ao episódio em que 14 questões foram divulgados com antecedência em uma escola de Fortaleza (CE). "Se há vazamentos, não é pontual, mostra que há algo na sistemática para ser melhorado".

Perguntada sobre o motivo da resistência de alunos e professores às avaliações, Costin respondeu que manifestações no município são esparsas. "Não vejo os estudantes contra, a não ser um grupo aqui ou ali". Em relação ao Enem, ela avaliou que há falta de entendimento "sobre a riqueza do processo" e críticas "por mudanças que precisam ser feitas na prova".

Entretanto, a própria secretária enfrentou protestos de professores municipais que, além de pedirem reajuste salarial e plano de carreira unificado, criticam a política educacional adotada pela secretaria, que institui planejamento e avaliação de alunos obedecendo métodos que são impostos por fundações, organizações não governamentais (ONGs) ou institutos privados.

Já o dirigente responsável pelo Enem, Luiz Cláudio Costa, deixou o evento na Associação Comercial do Rio sem dar entrevista. Ele prometeu uma coletiva de imprensa para falar sobre o Enem em maio.

Na última sexta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) no Ceará pediu para que as notas do exame nacional não sejam utilizadas para obtenção de vagas em instituições de ensino superior no próximo semestre.

Extraída de Notícias Terra

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