quarta-feira, 23 de março de 2011

Deputada Estadual Ana Lúcia - SE - destaca sistema de cotas

Deputada Ana Lúcia destaca sistema de cotas

22 de março de 2011 às 7:02

A deputada estadual Ana Lúcia (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (21), para enaltecer o sucesso da aplicação da política de cotas para o ensino superior nas Universidades Públicas. A parlamentar enfatizou a passagem do Dia de Luta contra Discriminação Racial. Ana Lúcia defendeu a necessidade de trazer a tona o debate sobre as cotas sociais e raciais. A petista também destacou a passagem do Dia Internacional da Síndrome de Down e a abertura da Semana da Água.

Ana Lúcia fez uma apresentação na tribuna sobre o resultado da pesquisa de desempenho dos estudantes que ingressaram na Universidade Federal de Sergipe através do sistema de cotas, além dos dados estatísticos do IBGE sobre as diferenças entre a escolaridade dos brancos e negros do Brasil e em Sergipe.

“Em 1999, 54% das pessoas se declaravam brancas, 40% pardas e 5,4% negras; em 2009, respectivamente, o quadro era 48,2%, 44,2% e 6,9%. A média de estudo de pessoas com 15 anos ou mais que se declaram brancas no País é de 8,4 anos; os que se declaram pardos tem média de 6,7 anos; já o que se declaram negros tem média de 6,7 anos”, comentou a deputada petista.

Em seguida, Ana Lúcia fez uma análise sobre a realidade do analfabetismo para estudantes entre 18 e 24 anos, segundo a cor ou raça e o nível de ensino freqüentado no Brasil. “No País, em 1999, nós tínhamos 17,8% de analfabetos no ensino fundamental que se declaram brancas; em 2009 eram 6,4%; das 41,2% que e declararam pardas hoje são apenas 18,5%; dos 42,7% dos analfabetos que se declaram negros, hoje são 18,2%. Outro dado importante são as pessoas de 25 anos ou mais com ensino superior concluído, segundo cor ou raça no Brasil. Das 9,8% pessoas que se declararam brancas em 1999, hoje são 15%; 2,3% que se declararam pardas, hoje são 5,3%; 2,3% das pessoas que se declararam negras são 4,7%”, completou.

Ana Lúcia lembrou que atualmente as vagas estão divididas em 50% para alunos cotistas e 50% para não cotistas. “Existia um processo de elitização do ensino superior na escola pública, mas depois das cotas a realidade é outra. A taxa de abandono de cursos dos alunos não cotistas é de 54%. Outro dado é que, cerca de 56% do total de reprovações por faltas na Universidade Federal de Sergipe são alunos não cotistas”.

“A média ponderada de todos os alunos que ingressaram na UFS em 2010 é de 5,8. Os alunos não cotistas tiveram média de 5,9. Já os alunos cotistas oriundos das escolas públicas, independente de origem racial, tiveram média de 5,5. Já os cotistas afro-descendentes oriundo das escolas públicas tiveram média de 5,7. No curso de Medicina, os não cotistas estão com uma média de 8,2% e os cotistas estão com uma média de 8,1. No curso de odontologia, os não cotistas têm média de 6,5 e os cotistas têm média de 7,2”, destacou a deputada, sendo aparteada pelos deputados João Daniel (PT) e Maria Mendonça (PSB).

Da agencia Alese - Assembleia Legislativa de Sergipe

Postado por Munir Darrage

Extraído de Senadinho Notícias

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