Frente
Pró-Cotas apresenta alternativa ao Pimesp
Para o conselheiro da Uneafro Douglas Belchior, o Pimesp não é uma política de acesso à universidade. “É um programa que reúne alguns elementos que os programas de acesso que as faculdades já tem e garante um curso a distância (modelo college), que não garante sequer a presença deles na universidade. São Paulo continua ilhada nesse espaço de exclusão que se tornaram as universidades.”
15/06/2013
Proposta reserva 55% das vagas das estaduais para negros,
indígenas, deficientes e estudantes de escola pública
São Paulo – A Frente Pró-Cotas do Estado de São Paulo
entregou à Assembleia Legislativa uma alternativa ao Projeto de Lei 530/2004,
do Executivo, sobre o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior
Paulista (Pimesp). A proposta prevê reserva de 55% de vagas na USP, Unesp e
Unicamp para negros, indígenas, deficientes e estudantes de escola pública.
Para o conselheiro da Uneafro Douglas Belchior, o Pimesp não é uma política de acesso à universidade. “É um programa que reúne alguns elementos que os programas de acesso que as faculdades já tem e garante um curso a distância (modelo college), que não garante sequer a presença deles na universidade. São Paulo continua ilhada nesse espaço de exclusão que se tornaram as universidades.”
Para Leando Salvático, estudante de pós-graduação e
integrante do Núcleo de Consciência Negra da USP, a criação de programas de
ações afirmativas é necessária para “fazer as pessoas acreditarem que é
possível entrar em universidades públicas. O sistema de cotas é a proposta do
movimento negro e estudantil para democratizar o acesso às universidades.”
Segundo Belchior, o movimento negro rejeita a proposta do
governo do Estado de São Paulo e propõe a reformulação do texto do PL 530/2004.
“Depois de duas audiências públicas na Alesp, organizamos um grupo de trabalho
que formulou um novo texto, entregue no último dia 5”, diz Belchior.
Na próxima semana, a Frente Pró-Cotas se reúne para
organizar uma campanha estadual pelo projeto de lei de iniciativa popular para
a lei de cotas, em São Paulo, que deve arrecadar mais de 200 mil assinaturas.
Extraído de RedeBrasilAtual
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