sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

UFMG tem Sistema de Bônus

Vestibular UFMG – Diferenças entre Sistema de Cotas e Sistema de Bônus

Já com mais de seis anos de sua implantação, o sistema de cotas ainda causa polêmica, até mesmo onde ele não é adotado. É o caso da Universidade Federal de Minas Gerais, cuja segunda etapa do vestibular ocorrerá entre os dias 23 e 29 de janeiro. Nesse ano, pela primeira vez, a primeira etapa do concurso foi o Enem.

Membros da Copeve (Comissão Permanente de Vestibular) comentam que é grande o número de questões sobre as cotas no vestibular. Em fóruns pela internet e redes sociais essa confusão também pode ser observada. Muitos vestibulandos ignoram que o que a UFMG adota é o sistema de bônus: 10% para aqueles que estudaram os últimos quatro anos do ensino fundamental e os três do ensino médio em escolas públicas; e 15% para aqueles que se autodeclararem negros ou pardos. Ou seja, a nota dos primeiros será multiplicada por 1,10 e, no segundo caso, a pontuação será multiplicada por 1,15.

Muito diferente do sistema cotas, onde certo número de vagas é reservado para determinados grupos.

Extraído de Vestibular 2011


Um comentário:

  1. Cotas pra quem? Sou egresso da UFMG e candidato a uma vaga para o curso de Direito no Vestibular 2012. Como estudei em escola pública, teria direito ao Bonus de 10% acrescido 5% por ser afrodescendente. Acontece que sou também egresso de um curso supletivo em escola pública e, para minha surpresa, a UFMG tem por costume DISCRIMINAR estes candidatos. Agora, mesmo sendo negro, egresso de escola pública, terei que concorrer com 15% de desvantagem em relação aos alunos de escolas públicas, tanto das escolas públicas destinadas a negros e excluídos, quanto daquelas cujo os alunos tem condições socioeconomicas que lhes permitem cursar cursinhos particulares e aulas de toda serte (ingles, natação, piano, etc.). Basta ver a lista de aprovados com bonus da UFMG e a lista dos cursinhos como o ELITE. Agora, como dizer que o sistema de bonus da UFMG é uma política inclusiva se exclui alunos de EJA, supletivo e suplência igualmente de escola pública? O pior, além de excluir, cria uma vantagem intransponível para os alunos de escolas públicas de elite como Colégio Militar, CEFET, COLTEC, etc, uma vez que bonifica estes candidatos com 10 e 15% criando uma lacuna enorme entre esses egressos e alunos de EJA, supletivo, suplência que, segundo critérios da UFMG estão em pé de igualdade com os alunos egressos de escolas particulares. Não quero ser taxado de coitadinho e ter vantagem em relação a nenhum concorrente apenas por ser negro e pobre. Minha capacidade cognitiva não é definida pela minha cor de pele ou conta bancária dos meus pais. Mas também não posso ser prejudicado por um sistema que dá 15% de vantagem para meus concorrentes no pleito. Não há nenhuma justificativa para punir egressos de supletivos cursados em escolas públicas e beneficiar alunos de colégios públicos que tem condições de estudar nos melhores cursinhos pré-vestibulares do estado.

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